(Portão de entrada do campo de concentração de Dachau, com a frase "O trabalho liberta")
As consequências do 20 de janeiro
Ao se abandonar na vontade do Pai, o Pe Kentenich recebe uma confirmação divina acerca da Obra de Schoenstatt. Sua sobrevivência e a dela até o final da guerra se tornam um "selo e uma confirmação da origem divina desta Obra dentro da Igreja".
O próprio Pai Fundador nos fala anos depois (1966):
"A decisão de 1942, de recusar livremente a assistência humana foi muito perigosa, pois - humanamente falando - me expunha à morte certa. Mas a confiança que estava por detrás dela era que a aliança de amor com Nossa Senhora era uma realidade. Se Nossa Senhora deseja que Schoenstatt continue a existir (Ela deve cuidar). Afinal de contas, toda a Obra era praticamente oferecida como penhor (por sua vitória); pois a Obra certamente ainda não estava o suficiente madura, naquela época, para continuar a expandir por si só. Esse era um poderoso, um perigoso salto mortal. (...)"
Resumidamente, pode-se definir a importância do 20 de janeiro para os anos seguintes em 3 consequências:
- A confirmação da origem sobrenatural de Schoenstatt e o aprofundamento da espiritualidade da Família.
- A mudança de estratégia do Movimento em relação à Igreja, buscando mover-se com muito mais energia e se inserir no cenário internacional.
- Reforça a relação entre o Pe Kentenich e a família de Schoenstatt, torna-o mais consciente de sua missão como Pai, unindo-se a família num "entrelaçamento de destinos".
Muito poderia ser dito sobre essa data, além disso, ela interfere diretamente nos acontecimentos futuros da Família de Schoenstatt, como por exemplo no 31 de maio. Porém, basta-nos refletir sobre esse ato de doação e de profunda relação com a vontade de Deus. O Pe Kentenich soube como poucos interpretar a vontade de Deus em sua vida e ser capaz de dar os mais profundos saltos na fé.
Em Dachau ele viveu uma vida completamente diferente da esperada: em nenhum momento entregou-se ao desespero ou arrependeu-se de sua decisão, pelo contrário: soube viver a santidade, expandiu a Obra de Schoenstatt e foi capaz de escrever o mais belo livro de orações da Família de Schoenstatt - Rumo ao Céu, entre tantos outros feitos.
“Quem não compreender e não reconhecer o 20 de Janeiro de 1942, não é schoenstatteano. É preciso ver sempre este acontecimento como um ato de fé e como uma incumbência. Se não aproveitarmos os valores de 20 de Janeiro de 1942, Schoenstatt dissolver-se-á.” (PJK)
Em 1945, ele foi libertado do campo de concentração e a partir daí a Família de Schoenstatt passa a viver uma nova fase, mas essa já é uma outra história que pouco a pouco iremos contar.
Este texto foi escrito com base em dados contidos no livro "O 31 de Maio - O terceiro marco" - Pe. Jonathan Niehaus
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